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075 - INSS suspende programa que reduzia fila de benefícios
A interrupção do Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) paralisa o esforço para acelerar a análise de aposentadorias e auxílios.

PREV NEWS | EDIÇÃO #075
crescer não é competir 🌻
bom dia. o seu crescimento não diminui ninguém, ele apenas mostra que há espaço para todos florescerem. quando você entende isso, o sucesso deixa de ser uma corrida e passa a ser uma construção compartilhada.
INSS suspende programa que reduzia a fila de benefícios
pauta da vez

Imagem: iStock.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), principal iniciativa criada para reduzir a fila de espera de aposentadorias, auxílios e pensões.
A decisão, comunicada por ofício do presidente do órgão, Gilberto Waller Junior, tem efeito imediato e foi motivada pela falta de recursos orçamentários.
Segundo o INSS, o programa será retomado assim que houver suplementação de R$ 89,1 milhões no orçamento do Ministério da Previdência.
Para a advocacia previdenciária, a suspensão representa mais instabilidade nos prazos de análise e novos desafios na gestão de processos administrativos. Entenda abaixo!
O QUE MUDA COM A SUSPENSÃO DO PGB?
A medida interrompe o pagamento de bônus de produtividade a servidores e peritos, mecanismo que vinha acelerando a conclusão de requerimentos.
Com isso, as seguintes determinações passam a valer imediatamente:
Interrupção de novas análises extraordinárias;
Retorno das tarefas em andamento às filas ordinárias;
Suspensão ou remarcação dos agendamentos do Serviço Social fora do expediente regular.
Na prática, o ritmo de concessões tende a cair, especialmente em benefícios por incapacidade e revisões previdenciárias, que dependem de perícia médica e análise técnica detalhada.
COMO FUNCIONAVA O PROGRAMA?
O PGB foi criado por medida provisória em abril e transformado em lei em setembro de 2025. Ele previa o pagamento de R$ 68 por processo analisado a servidores e R$ 75 por perícia médica concluída, desde que as metas diárias fossem superadas.
Com orçamento inicial de R$ 200 milhões para este ano, o programa substituiu o antigo Plano de Enfrentamento à Fila da Previdência, encerrado em 2024. O bônus, entretanto, não poderia ultrapassar o teto do funcionalismo público (R$ 46,3 mil), mantendo equilíbrio com a remuneração-base dos servidores.
Segundo o próprio INSS, o PGB foi essencial para reduzir o tempo médio de análise, mas a verba foi consumida antes do fim do ano, o que levou à interrupção.
CENÁRIO ATUAL: FILA VOLTA A CRESCER
Com a suspensão do programa, o governo enfrenta o risco de novo aumento na fila de benefícios.
Em números:
2023 → 1,5 milhão de processos em espera
Agosto/2024 → 2,63 milhões
Março/2025 → 2,7 milhões
A fila, que já vinha crescendo desde a greve de 235 dias dos peritos médicos, tende a se alongar ainda mais. A promessa do Ministério da Previdência de zerar o estoque até o fim do mandato fica, portanto, cada vez mais distante.
O QUE ESTÁ POR TRÁS DA CRISE ORÇAMENTÁRIA?
A suspensão do PGB reflete o cenário de restrição fiscal do governo federal, que busca fechar as contas públicas e atingir um superávit primário de R$ 34,3 bilhões em 2026.
O bloqueio de recursos ao INSS ocorreu após a perda de validade de uma medida provisória que aumentaria tributos sobre bancos e apostas online, fonte prevista para financiar parte dessas despesas.
Sem o pagamento dos bônus, especialistas alertam que o tempo médio de análise deve voltar a subir, impactando diretamente aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC, que dependem do benefício como principal fonte de renda.
OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA O ADVOGADO PREVIDENCIARISTA
A paralisação do programa exige replanejamento de estratégias jurídicas e administrativas. Advogados devem estar atentos a:
Prazos mais longos nas análises administrativas;
Aumento da demanda por revisões e ações judiciais diante da demora nas respostas do INSS;
Comunicação preventiva com clientes, explicando a razão dos atrasos e orientando sobre alternativas legais.
Por outro lado, este cenário amplia o espaço para atuar de forma consultiva, ajudando segurados a entenderem os fluxos e a documentarem melhor seus pedidos, reduzindo riscos de indeferimento.
E AGORA?
O INSS afirmou que trabalha junto aos Ministérios da Previdência e do Planejamento para recompor o orçamento e restabelecer o programa ainda em 2025.
Enquanto isso, os servidores seguem na rotina regular, sem pagamento adicional por produtividade.
A orientação para escritórios é acompanhar as próximas publicações oficiais e avaliar medidas judiciais ou administrativas em casos de atraso excessivo.
E você, como tem lidado com a lentidão nas análises do INSS? |
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PARÁGRAFO ÚNICO
Um resumo rápido, em apenas um parágrafo, do que mais foi notícia no direito previdenciário nos últimos tempos.
Benefício será devido somente após citação judicial do INSS, diz Justiça: tese aprovada pelo STJ no âmbito do Tema 1124 vale para processos em que o segurado não apresenta documentação ao fazer requerimento junto ao instituto. Serão extintas as ações judiciais que requerem benefícios previdenciários sem que os documentos necessários tenham sido apresentados ao INSS.
Novas regras para aposentadoria de trabalhadores expostos a risco: a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados realizou, nesta quinta-feira (16), uma audiência pública para discutir a concessão da aposentadoria especial, benefício destinado a trabalhadores que exercem atividades sob condições que causem desgaste físico, mental ou risco acentuado.
Juiz concede aposentadoria híbrida a "do lar" que trabalhava no campo: uma segurada teve o direito à aposentadoria por idade híbrida reconhecido após decisão do juiz de Direito Leonardo Lima Publio, do Núcleo de Justiça 4.0 de Belo Horizonte/MG, que validou períodos de trabalho rural alegados.
BPC tem novas regras e garante benefício com variação de renda: o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um auxílio assistencial do governo federal destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência de famílias de baixa renda. O valor pago corresponde a um salário mínimo. Agora, o benefício continuará garantido se a renda do último mês analisado ou a média dos últimos 12 meses for igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo.
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Uma conversa é como jazz: é preciso ter coordenação e saber improvisar
carreira

Imagem: iStock.
A pesquisadora Alison Wood Brooks, professora da Harvard Business School, compara boas conversas a uma apresentação de jazz: é preciso coordenação, escuta e improviso.
Em seu livro How to Talk to People, ela revela os segredos para ter conversas mais profundas e significativas, tudo baseado na ciência da comunicação.
ASSIM COMO NO JAZZ, UMA BOA CONVERSA DEPENDE DA SINTONIA
Toda troca exige que os interlocutores leiam o contexto, interpretem o comportamento do outro e ajustem o tom da resposta conforme o ritmo da interação. É um processo dinâmico, que pede sensibilidade e flexibilidade, virtudes indispensáveis também na advocacia previdenciária.
No dia a dia do advogado, cada cliente chega com uma história singular: uma aposentadoria negada, um benefício atrasado, uma perícia em que se sentiu injustiçado.
A ARTE DE SABER OUVIR
Para conduzir essas conversas com clareza, é preciso muito mais do que técnica. É necessário saber ouvir, interpretar e improvisar diante de novas informações tal como um músico que percebe o compasso mudar no meio da melodia.
Às vezes, enquanto uma pessoa fala, a outra já está pensando no que vai responder. Resultado disso? A comunicação torna-se cheia de pontas soltas, e o pior: quem disse a primeira mensagem percebe imediatamente que a outra não ouviu nada do que ela disse.
E, como lembra Brooks, tanto no jazz quanto na conversa, é possível melhorar com prática e conhecimento.
COMPARAÇÃO DE UMA CONVERSA COM O JAZZ
No jazz, o avanço vem ao estudar a teoria musical. Na comunicação, o progresso surge ao compreender as dinâmicas humanas e exercitar o diálogo genuíno. Cada interação é uma oportunidade para ajustar, experimentar e criar novas formas de conexão.
Dica prática: Em vez de buscar a “resposta perfeita”, pratique o diálogo curioso.
Pergunte: “O que mais te preocupa neste processo?” ou “Como essa situação tem impactado seu dia a dia?”
Essas perguntas simples transformam o atendimento jurídico em um espaço de confiança e escuta verdadeira.
No fim das contas, o advogado que domina o improviso (sem perder a coordenação) consegue não apenas conduzir conversas mais produtivas, mas também construir relações mais humanas e duradouras com seus clientes.
E você, como lida com o “improviso” nas conversas com seus clientes? |
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✅ CINEMA: a trama de O Bom Bandido é sobre um criminoso carismático que, durante sua fuga da polícia, assume uma nova identidade.
✅ LEITURA: o livro mais vendido da Amazon nesta semana, Coisa de Rico, revela com humor como o comportamento da elite refletem a cultura do Brasil.
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